Pochettino: "Precisamos vencer, futebol não é um esporte popular aqui."
A derrota por 2 a 1 na final contra o México é dolorosa para o projeto futebolístico dos Estados Unidos. Ainda mais por ser o último teste oficial, 340 dias antes do início da Copa do Mundo da FIFA de 2026.
O México conquistou títulos consecutivos da Copa Ouro. Os dois países se alternavam na conquista do torneio bianual desde 2011 (os Estados Unidos venceram em 2013, 2017 e 2021, enquanto o México venceu em 2011, 2015, 2019, 2023 e 2025). O México também conquistou sua primeira vitória em uma final de torneio contra os Estados Unidos desde a Copa Ouro de 2019, encerrando uma sequência de três derrotas consecutivas contra os americanos em finais do torneio.
"No geral, estamos decepcionados por não termos conseguido uma vitória", disse o zagueiro Tim Ream, de 37 anos.
A seleção dos EUA jogou sem seu capitão, Christian Pulisic, e vários outros jogadores importantes que optaram por descansar ou se juntar às suas equipes na Copa do Mundo de Clubes.
"Eles precisavam dessa experiência para crescer. Era o time A deles contra o nosso time B. Eles vão crescer com isso", disse o ex-jogador Landon Donovan.
É a segunda derrota para o México da seleção dos EUA sob o comando de Pochettino, que treinou gigantes do futebol como Tottenham Hotspur, Paris Saint-Germain e Chelsea, e foi contratado em setembro de 2024. Ele tem nove vitórias, um empate e seis derrotas em 16 partidas desde que assumiu a seleção dos EUA.
"Eles foram derrotados hoje à noite por um time melhor. Sem problemas. Mais importante, eles estabeleceram a identidade à qual os jogadores, de fora, seja Christian Pulisic ou quem quer que seja, precisam se adaptar. Há um longo caminho a percorrer. No próximo verão, quando a Copa do Mundo chegar, diremos... foi aqui que a semente foi plantada", disse Alexi Lalas, ex-jogador da seleção dos EUA e comentarista da FOX.
Pochettino enfrentou sua sétima final como técnico neste domingo. De 2008 até hoje, o argentino jogou em diversas ligas, incluindo sua passagem como técnico principal nos Estados Unidos. Durante esse período, ele participou de sete partidas que lhe renderam títulos, a mais recente sendo a final da Copa Ouro. Após a derrota deste domingo, o sul-americano soma agora cinco derrotas em finais.
“Gostaria de ver meus jogadores jogando para 70 mil pessoas. E, claro, se tivermos orgulho deles, isso seria incrível. Acho que precisamos entender que o futebol aqui não é um esporte de base. Temos que competir primeiro, temos que vencer. Precisamos das pessoas, precisamos da torcida. A torcida tem um ano para perceber a importância da torcida no futebol. Acho que hoje, na Guatemala, é algo incrível ver em nosso país a importância da torcida estar no estádio, apoiar o time, apoiar, não apenas pelo Instagram, pelas redes sociais ou pela televisão. É sobre estar aqui e transmitir energia. Para mim, sempre falamos sobre isso nas Américas, na América do Sul ou na Europa: futebol sem torcida é impossível”, explicou o treinador.
- Chris Richards marcou seu terceiro gol internacional na carreira e o segundo em uma final. Ele se torna o terceiro jogador a marcar vários gols em uma final pela seleção dos Estados Unidos, juntando-se a Landon Donovan e Gio Reyna.
- Sebastian Berhalter registrou sua segunda assistência na carreira no primeiro gol, marcado no quarto minuto; ambos os gols foram assistidos por Richards.
- O zagueiro Tim Ream se tornou o 34º jogador a atingir 75 jogos pela seleção dos Estados Unidos. Ele foi o capitão da equipe pela 21ª vez esta noite.
- Tyler Adams chegou à sua 50ª partida pela seleção, tornando-se o 65º jogador a atingir a marca de meio século com a seleção dos EUA.
- Os EUA têm um histórico de 24 vitórias, 38 derrotas e 17 empates contra o México.
Eleconomista
